Ela
tinha um céu de estrelas no seu olhar. Corria atrás do mundo de forma
incansável, mas este era tão veloz que ela acabou por ficar para trás. Era como
se de repente ela tivesse toneladas de pedras atadas aos seus pés. Mesmo assim,
conseguiu correr dias e dias até que estes se transformaram em anos. Mas a
esperança acabou por desvanecer e o seu sorriso deu lugar a lágrimas.
Estamos
perdidos e o mundo continua em frente. Nada e ninguém espera por nós. E os
sonhos são iguais. Uma vez extintos é difícil recuperá-los. Perguntamo-nos se
vale a pena? Se vale a pena iniciar a corrida uma vez mais. A dor e a desilusão
são insuportáveis. O sentimento de injustiça e de desespero parece que nos está
a estrangular e a roubar o nosso ar.
Sonhos
partidos são particularmente dolorosos e ninguém escapa a este tipo de dor. Tu
já o sentiste. Eu já o senti. E todos os outros à nossa volta já o sentiram ou
irão sentir. Mas não é o fim do mundo. Todos nós temos que realizar a viagem de
volta dos nossos sonhos partidos. É difícil, não te vou mentir. É extremamente difícil
colocar o pé à frente do outro. Tudo à nossa a volta perde o interesse e
acabamos por nos convencer que mais vale desistir.
Desistir?
Não. Tirar uma pausa? Sim. Podemos e devemos parar e respirar bem fundo. Temos
que sarar as nossas feridas e depois continuar a ir em frente.
Sonhos
são como as folhas das árvores. Uns morrem, mas outros florescem e tomam o
lugar vazio. Não vás a baixo, ergue-te das cinzas como uma fénix e tenta outra
vez.
Vai
dar tudo certo. Acreditas, não acreditas?
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